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Número de automóveis eletrificados vendidos supera as expectativas da ABVE

Número de automóveis eletrificados vendidos supera as expectativas da ABVE

Em 2021, o número de automóveis e comerciais leves eletrificados vendidos no Brasil superou as expectativas da ABVE, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico. As 34.990 unidades comercializadas representam um aumento de 77% sobre os 19.745 de 2020 e de 195% sobre os 11.858 de 2019.

Os números publicados aqui se referem, em parte, ao total de automóveis e comerciais leves elétricos puros (BEV) e híbridos plug-in (PHEV), emplacados de janeiro a dezembro de 2021. Os dados foram compilados pela ABVE, a partir da planilha de emplacamentos do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores/Ministério da Infraestrutura).

Tal marco foi celebrado pelo presidente da ABVE, Adalberto Maluf, e serviu para destacar a força do transporte elétrico no Brasil. Segundo ele:

“O brasileiro está claramente optando pelo veículo elétrico limpo, silencioso e sustentável. A eletromobilidade avança no país, em contraste com o mercado convencional de veículos a combustível fóssil”.

O vice-presidente de Veículos Leves da ABVE, Pedro Bentancourt, completou: “A eletromobilidade é uma realidade inexorável e irreversível – no Brasil e no mundo”.

De acordo com os dados apresentados, o Brasil chega a uma frota eletrificada total de 77.259 automóveis e comerciais leves em circulação (2012-2021).

O destaque é o Corolla Cross Híbrido Flex, que, mesmo lançado em março de 2021, em nove meses alcançou a liderança isolada das vendas de eletrificados (11.027), assim como o crescimento expressivo dos veículos 100% elétricos (BEV), que fecharam o ano com 2.851 unidades vendidas – mais do que o triplo de 2020 (801). Esse total equivale a um aumento de 256% sobre os BEVs comercializados no ano anterior.

Dentre os eletrificados mais vendidos do Brasil em 2021(janeiro/dezembro) estão:

– Volvo XC60 (PHEV): 3.366

– Volvo XC40 (PHEV): 3.067

– Volvo XC90 (PHEV): 982

– BMW X3 XDrive 30E (PHEV): 836

– BMW X5 XDrive 45E (PHEV): 812

– BMW 330E (PHEV): 579

– Porsche Cayenne (PHEV): 554

– Nissan Leaf Tekna (BEV): 439

– Porsche Taycan (BEV): 379

– Volvo XC40 Recharge PE (BEV): 375

– Jaguar Range Rover (PHEV): 351

– BMW Mini Cooper Electric (BEV): 313

– BMW Mini Cooper Countryman ALL4 (PHEV): 262

– Audi E Tron (BEV): 252

– BMW i3 BEV 120AH (BEV): 159

– BMW 745 LE (PHEV): 154

FONTE: ABVE/Renavam

Estes fatos enunciam uma mudança crescente no cenário da mobilidade elétrica no Brasil, ainda mais com o surgimento de empresas nacionais que também contribuem para o avanço tecnológico de soluções vitais para o setor. Bernardo Durieux, CEO e founder da Voltbras, destaca que a empresa tem sido peça chave para a difusão de veículos elétricos no país, pois o desenvolvimento da malha de recarga é o pilar central do crescimento da mobilidade elétrica. “Nossas soluções visam prover a melhor experiência para quem dirige um veículo elétrico e precisa recarregar, mas também torna as redes de recarga sustentáveis do ponto de vista financeiro, para que a tecnologia avance de forma orgânica.”

Porém, não se pode esquecer que, apesar das mudanças serem promissoras, o Brasil ainda é um mercado que cresce em um ritmo muito inferior ao dos principais países do mundo na área, conforme lembrou o presidente da ABVE, Adalberto Maluf.

“Temos de avançar muito ainda para o Brasil alcançar o patamar de eletrificação de sua frota compatível com o tamanho e a importância do mercado brasileiro de automóveis”.

“A participação dos veículos elétricos na Europa, por exemplo, deve pular dos atuais 11% de market share para nada menos do que 22% este ano. E este número só inclui os veículos BEVs e o PHEVs, ou seja, os elétricos plug-in. No Brasil, estamos comemorando 2%, mas incluindo nessa conta os veículos híbridos não plug-in”.

“No Brasil, o veículo a combustão paga mais imposto do que o veículo elétrico, o que é um contrassenso. Além disso, o mercado se ressente da inexistência de um plano nacional de eletromobilidade liderado pelo governo federal, que seja capaz de integrar todas as ações do país ao objetivo de reduzir as emissões de poluentes no transporte, com metas viáveis e definidas”

“Contribuir para viabilizar esse plano nacional é o principal programa de trabalho da ABVE em 2022” – concluiu Adalberto Maluf.

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