Você provavelmente já ouviu falar, leu ou assistiu algo sobre carros elétricos. É um conhecimento difundido o de que os carros elétricos são uma tendência no mundo e uma opção cada vez mais interessante.
A ascensão dos carros elétricos está muito ligada a questões ambientais. Um forte impulso para o desenvolvimento da tecnologia de carros elétricos foi, sem dúvida, a busca pela sustentabilidade, que tem em seu centro a redução da emissão de gases causadores de efeito estufa, consequentemente, a redução do gás carbônico no planeta.
Desde o Protocolo de Kyoto, assinado em 1997 por mais de 175 países, a redução da emissão de carbono foi trazida como uma chave para reduzir o efeito estufa a nível global. Com este objetivo, o protocolo permitiu as negociações de Créditos de Carbono, através dos quais os países que atingissem as metas de redução da emissão de gases teriam o direito de comercializar seus Créditos para países que ainda não tivessem cumprido as metas, atingindo um equilíbrio.
Posteriormente, diversos acordos e protocolos foram assinados pelo mundo, como o Acordo de Paris, o Eco-92 e o Rio +20. Todos prezaram pelo desenvolvimento sustentável das nações e pela preservação do planeta para as próximas gerações.
Nesse sentido, é notória a contribuição da frota de veículos para os índices de poluição por efeito estufa. Segundo a ONU, o setor de transporte é responsável por 25% da emissão de gases de efeito estufa no mundo, sendo a área em que mais aumentam as irradiações de carbono desde 2.000. Exemplo disso é a cidade de São Paulo/SP, na qual os automóveis são responsáveis por 72,6% das emissões de gases de efeito estufa, segundo estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), realizado em 2017. Ainda em São Paulo/SP, a quarentena vivida por conta do Coronavírus tirou os carros das ruas e mostrou um céu que há muito tempo não se via, em tons de azul e não de cinza.

Neste contexto de poluição e limitação da emissão de gases a nível mundial, as montadoras de veículos foram obrigadas a pensar no seu impacto, vendo com clareza a importância do carro elétrico para um futuro mais sustentável. Enquanto motores a diesel e gasolina têm uma eficiência de até 40% e 30%, respectivamente, ao transformar o combustível em movimento, o carro elétrico atinge uma eficiência de até 90% ao converter a energia em movimento.
No Brasil, da mesma forma, percebeu-se que, em 2 anos, o preço do carro elétrico mais barato disponível no mercado já reduziu 36,6%. Portanto, a rápida evolução tecnológica dos carros elétricos vai possibilitar que, em breve, inclusive no Brasil, seja possível optar por um automóvel radicalmente menos poluente, com mais eficiência e economia do que os veículos normais.
No entanto, é comum ouvir que carros elétricos têm um preço elevado devido ao valor da bateria. Tal afirmação é verdadeira, mas não por muito tempo. Segundo uma projeção feita pela BloombergNEF, a bateria do carro elétrico, em 2015, representava 57% do preço total do carro. Hoje representa 33% do valor final e, conforme a projeção, deverá representar apenas 20% do preço total em 2025.
Apesar de o poder público brasileiro ter tomado tímidas medidas referentes aos carros elétricos, as montadoras têm uma perspectiva maior para o Brasil neste assunto. Tal relevância nasce do fato de que o país é um dos maiores mercados de veículos leves do mundo. Então, as montadoras demonstram ter muito interesse em incluir o Brasil em seus planos de eletrificação.
As perspectivas que se têm hoje é de que os veículos, no futuro, serão verdadeiros celulares sobre rodas, tamanho o grau de tecnologia embarcada. Neste contexto, as montadoras mais antigas demandam muito investimento para produzir veículos com tanta tecnologia e, por isso, segundo disse o professor Antônio Jorge Martins – coordenador do MBA em gestão da cadeia automobilística da Fundação Getúlio Vargas – em entrevista para o Jornal O Globo Economia, deve ser cada vez mais comum o fechamento de fábricas antigas de veículos daqui para a frente.
Na linha do que foi dito pelo professor Antônio Jorge, em 2019 a Ford fechou sua fábrica no ABC Paulista, motivada pela falta de incentivos fiscais, mas principalmente para ter fôlego para enfrentar a série de mudanças radicais que vêm a caminho deste setor nas próximas décadas, como a popularização dos carros elétricos e o uso de veículos como serviços.
Sendo assim, sabemos que o Brasil está despertando o interesse das montadoras para concretizar as novas perspectivas para o setor automobilístico, sejam carros elétricos, autônomos ou compartilhados. Na Voltbras, seguimos acompanhando as inovações e focados em nosso objetivo de possibilitar que os motoristas de carros elétricos tenham sua recarga facilitadas, a qualquer tempo e em qualquer lugar do Brasil.