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Veículos elétricos em frotas no Brasil: tendências e desafios

veículos elétricos em frotas no Brasil

O mundo todo presencia o incentivo a adoção de veículos elétricos visando menor impacto ambiental. Países europeus já têm os carros elétricos como uma realidade há certo tempo, o mesmo se pode dizer em relação aos Estados Unidos e Canadá, por exemplo.

Dado o contexto, empresas de alcance internacional demonstram ter uma agenda a cumprir para acompanhar tal movimento, seja por motivações financeiras (investidores tendem a ver com bons olhos a adoção de medidas de redução do impacto ambiental), de visibilidade da marca (tendo seu nome associado a iniciativas positivas) ou por pura afinidade com as pautas ambientais.

Um exemplo é a Uber, uma empresa de alcance global, que anunciou ainda no segundo semestre de 2020, a sua meta de operar com uma frota 100% elétrica até 2040, conforme noticiado pela revista Exame (confira a matéria na íntegra clicando aqui). Para atingir seu objetivo, planeja oferecer incentivos a motoristas parceiros dos Estados Unidos e Canadá.

Num cenário de busca por sustentabilidade, no qual a diminuição de carbono é estratégica, os carros elétricos têm um papel importante. Neste sentido, nos países mencionados anteriormente, existem políticas públicas e incentivos para que a população abrace a mudança.

No Brasil, por sua vez, os incentivos por parte do poder público são tímidos – está em tramitação um projeto de lei que prevê a substituição da atual frota do governo federal para uma frota elétrica -, e, como consequência, os movimentos de eletrificação de frotas ocorrem, principalmente, em decorrência da postura adotada pela iniciativa privada.

Logo, diversas empresas brasileiras têm iniciado testes e implementado projetos para adoção de veículos elétricos em sua frota. Esta atitude pode ser considerada uma tendência dado o quadro mundial de priorização das abordagens ambientalmente corretas em detrimento das tradicionais, além dos benefícios que os elétricos tendem a trazer, dentre os quais destaca-se a redução de custos de manutenção e a maior eficiência energética (os motores à combustão interna aproveitam cerca de 30% da energia do combustível, enquanto os elétricos podem chegar aos 90%).

Apesar de ser uma tendência inegável, a eletrificação de frotas traz desafios relevantes, a exemplo da reduzida infraestrutura de recarga, da gestão de desempenho da frota, da autonomia – por vezes inferior ao que um veículo de frota empresarial trafega diariamente -, e do custo inicial de aquisição possivelmente mais alto.

Não obstante a complexidade dos desafios informados, a tecnologia envolvendo os carros elétricos e todo o seu ecossistema avança rapidamente, inclusive no âmbito nacional.

Poucos pontos públicos de recarga pelo país

Tratando do desafio da reduzida infraestrutura de recarga, pode-se ver como forma de resolução:

Parcerias com redes já existentes: conforme sabido e noticiado, algumas eletrovias já estão em operação no Brasil, o que quer dizer que existem pontos públicos à disposição de motoristas de veículos elétricos.

Tais pontos de recarga podem ser aproveitados pelas frotas que trafegam em rotas próximas. Sabe-se, também, que estas eletrovias contam com tecnologia de gerenciamento para acompanhar sua operação e tirar o máximo proveito da estrutura de carregadores e, sendo assim, vêem de forma positiva o aumento no uso dos eletropostos, seja para captação de dados de desempenho da rede, para testar seus modelos de gestão ou para aumentar sua relevância e taxas de uso.

Ao mesmo tempo, ao utilizar uma rede parceira que conta com sistema de gerenciamento, o motorista de uma frota elétrica tem o conforto de poder planejar sua rota seguramente com base na localização exata e disponibilidade em tempo real do eletroposto, além da possibilidade de reservar uma recarga, o que contribui com a gestão da recarga dos veículos.

Instalação de eletropostos próprios: a instalação de eletropostos próprios pode ser uma alternativa para cobrir a eventual necessidade não abrangida por redes públicas em operação atualmente. Esta opção também ajuda a realizar uma gestão assertiva da frota, dado que basta instalar um carregador com o Open Charge Point Protocol – OCPP e uma plataforma de gerenciamento eficiente para se poder ter uma gestão completa das recargas ocorridas naquele ponto.

Caso o apetite de investimento inicial não seja grande, há a possibilidade de aluguel de equipamentos de recarga que poderão igualmente ser gerenciados.

Além dos pontos mencionados, com eletropostos próprios à disposição, o gestor de uma frota elétrica tem maior controle sobre os intervalos de recarga de cada veículo (o que, conforme exposto anteriormente, pode ser mitigado pela reserva de recargas e disponibilidade em tempo real nas eletrovias e redes públicas) e, com a gestão adequada de todos os eletropostos para evitar falhas e interrupções indesejadas na operação de carga, terá segurança para elaborar um programa de recarga para todos os veículos, alicerçado na confiança de que os imprevistos serão resolvidos rapidamente por uma plataforma online. Uma alternativa comum é a instalação de carregadores nas garagens da empresa, permitindo que sejam feitas recargas durante a noite e deixando os veículos prontos para rodarem durante o dia.

Gerenciamento personalizado para frotas elétricas

Quanto à gestão da frota elétrica, é importante considerar a:

Gestão de eletropostos: para uma gestão eficiente e completa do desempenho de uma frota elétrica é preciso atentar, também, para os dados fornecidos pelo próprio eletroposto, tais como: quantidade de recargas feitas, duração das recargas, energia total transferida para o veículo elétrico, eventuais intercorrências ou falhas ocorridas durante a recarga, valor monetário representado por cada recarga, forma de pagamento utilizada, entre outros.

Em posse destes dados, o gestor de uma frota pode ter uma visão completa do aproveitamento e autonomia da frota, da taxa de uso de cada carregador, dos valores gastos com recargas, da quantidade de recargas necessárias por período (dia, semana, mês, ano), dos problemas que podem ocorrer durante a recarga e atrapalhar o cronograma de recargas, e, sobretudo, poderá criar as melhores estratégias de recarga para a frota, com base no desempenho real dos carregadores e veículos.

Quando cruzados com os dados de desempenho dos veículos elétricos, os dados de desempenho dos eletropostos compõem um pacote extremamente estratégico, formando o que seria o melhor cenário possível para se ter uma gestão completa e sem surpresas da operação de uma frota elétrica.

Autonomia dos veículos elétricos em frotas

Por seu turno, a autonomia dos veículos elétricos se torna um desafio quando não se tem segurança da existência de eletropostos disponíveis no trajeto executado pelo veículo. Sendo assim, pode-se propor:

Planejamento de rotas com base na localização e disponibilidade de eletropostos: quando se tem informações claras sobre a localização de eletropostos e sua disponibilidade ao longo da rota percorrida pelo veículo da frota, a sua autonomia torna-se apenas um detalhe a ser observado, como com qualquer outro veículo, pois é possível operar e planejar cada parada previamente, prevenindo que o veículo fique sem bateria.

A Voltbras dispõe de tecnologia para indicar os eletropostos presentes em locais específicos, além de informar, em tempo real, a disponibilidade do eletroposto, o tipo de conector que nele se encontra e sua potência, e permitir que se faça uma reserva de recarga.

Com tais funcionalidades, tanto o gestor da frota quanto o próprio motorista do veículo poderão seguir a rota tranquilamente, programando paradas para recarga nos pontos compatíveis mais viáveis.

Quando se dispõe de eletropostos nas dependências da empresa ou instituição proprietária da frota, as preocupações com a autonomia podem diminuir, haja vista a possibilidade de traçar rotas compatíveis com a realização da recarga nestes eletropostos.

Ademais, para identificar a relação entre demanda e oferta de recarga em eletropostos próprios, uma plataforma de gerenciamento é indispensável. Através dela será possível identificar quanto tempo cada carregador passa efetivamente realizando recargas e qual o tempo que fica livre, e, com base nestes dados, se pode ajustar a quantidade de estações de recarga de acordo com a demanda da frota, antes que isso se torne um gargalo.

Investimento inicial na frota elétrica

Custo inicial de aquisição: o preço dos veículos elétricos na atualidade pode ser um fator desestimulante para a sua adoção nas frotas. Contudo, diversas empresas têm se especializado na terceirização de frotas elétricas, inclusive com modelos de assinatura para veículos elétricos.

Pensando em um modelo de assinatura por aluguel de veículo elétrico, por exemplo, dilui-se o custo inicial de aquisição e, um plano viável poderia ser a realização de uma prova de conceito com este modelo. A partir dos resultados obtidos em uma prova de conceito, a empresa pode ter uma visão clara dos prós e contras da adoção de uma frota elétrica no momento.

Para garantir a obtenção de dados confiáveis do desempenho da frota, no sentido de todo o exposto anteriormente, uma plataforma de gestão de eletropostos é igualmente importante.

Através de uma plataforma de gestão é que se terá a visão geral das recargas – inclusive o valor que seria gasto com elas, o tempo despendido, entre outros dados previamente mencionados – e, juntamente com os demais dados de desempenho dos veículos, entender quais são os reais benefícios ou impeditivos para se ter uma frota elétrica.

As futuras frotas de veículos no Brasil serão elétricas

Conclui-se, portanto, que é uma questão de tempo para a mudança se instalar, visto que já se iniciou e que as tendências mostram que assim deverá continuar. Tratando dos aspectos mais práticos, nota-se que, assim como em frotas comuns se gerencia todo o processo de abastecimento, o mesmo deve acontecer com as elétricas.

A boa notícia é que a recarga de um veículo elétrico já faz parte de uma nova era da mobilidade e, por isso, traz consigo facilidades tecnológicas que permitem uma gestão ainda mais completa e autônoma, visto que os próprios carregadores com OCPP permitem uma comunicação e atuação constante sobre si.

Logo, é seguro dizer que estamos apenas começando a conhecer os rumos que a mobilidade elétrica vai tomar no país e que, inegavelmente, as frotas elétricas da iniciativa privada devem desempenhar um papel estratégico relevante neste processo.

A VoltBras tem como objetivo facilitar negócios na mobilidade elétrica a partir da tecnologia de ponta que emprega na gestão de eletropostos e está preparada para fornecer todos os dados e inteligência que uma frota elétrica precisa. Saiba como estamos viabilizando cada vez mais a mobilidade elétrica no Brasil.
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