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Mercado de recarga de veículos elétricos irá superar os 10 bilhões de euros até 2030

 

O investimento total em infraestrutura de recarga e serviços relacionados à adoção de veículos elétricos movidos a bateria na Europa, Estados Unidos e China alcançará o marco de €13,5 bilhões até 2030, o que representa uma quantia aproximada de R$67 bilhões na cotação atual.

 

Este dado é oferecido pela consultoria americana Bain & Company, cuja pesquisa indica que o maior crescimento do mercado será impulsionado pelos serviços de energia inteligente, que representarão cerca de um terço do lucro total. De acordo com a empresa, por ser um mercado em que muitos setores ainda se encontram nos estágios iniciais, quem conseguir se posicionar melhor terá o poder de ditar tendências e aumentar suas chances de sucesso a longo prazo.

 

“Nesse momento, a definição sobre a ocasião de carregamento, a parte da cadeia de valor e a região de atuação são as primeiras decisões que os investidores devem tomar ao entrar no mercado. São essas escolhas que vão determinar os parceiros necessários em cada ecossistema”, afirma a consultoria.

 

A análise indica que para atingir a lucratividade equivalente ao valor investido no curto prazo, deve haver uma maior aplicação de capital na construção da infraestrutura para recarga rápida em rodovias e em pontos de alto tráfego de pessoas, como supermercados e restaurantes. Nesse caso, o lucro dependerá da capacidade do eletroposto em atingir uma alta taxa de utilização, do usuário ter a melhor experiência possível com a recarga e dos carregadores serem confiáveis. 

 

A longo prazo, é provável que o maior potencial financeiro esteja em apostar no carregamento doméstico e no trabalho vinculado a serviços de energia inteligente, cuja definição consiste em buscar novas formas de se obter energia elétrica. 

 

Isso inclui o carregamento bidirecional para casas e estabelecimentos comerciais, conhecido pela capacidade da bateria do veículo em receber energia e poder compartilhar a que gera. Esse tipo de recarga permite que as empresas do setor elétrico aproveitem a capacidade de armazenamento das baterias dos veículos para equilibrar melhor oferta e demanda. 

Cresce o uso de veículos elétricos de pequeno porte no Brasil

Pelo seu menor custo por km rodado e por estar mais alinhado com as práticas de governança ambiental (ESG), o setor corporativo cada vez mais deseja adicionar os veículos elétricos à estratégia da sua operação. Neste meio, a popularidade da Mobilidade Elétrica como Serviço tem aumentado entre os usuários de serviços de entrega e transporte de pessoas. 

Esse é um dos motivos para a venda dos ciclomotores elétricos, veículos de pequeno porte, ter crescido, pois podem ser utilizados em diferentes modelos de negócio, não emitem gases poluentes e possibilitam um menor gasto com combustível.

Uma empresa que se destaca no segmento é a Cicloway, fabricante brasileira de tuk-tuks, cujos 20 modelos disponíveis no mercado podem ser recarregados em tomadas comuns em um período de 4 a 6 horas, geram de 40 a 135 km de autonomia máxima e não emitem sons nem gases poluentes. Para a empresa, o mercado de veículos leves 100% elétricos já é uma realidade no Brasil e a tendência é expandir de forma gradativa.

De acordo com João Hannud, diretor executivo da Cicloway, “Muitas empresas têm percebido os benefícios e vantagens dos veículos elétricos para diferentes usos. Com maior busca por adequação às práticas ESG e por economia, observamos o crescimento de 6 vezes em 1 ano no faturamento da Cicloway relacionado à locações para o mercado de entregas”. 

Dentre os mercados atendidos pela empresa e com maior interesse nos ciclomotores elétricos, estão empresas de delivery, turismo, entretenimento, eventos, ações de publicidade e propaganda, shopping centers, centros de armazenamento e distribuição.

Alerj aprova incentivo para veículos elétricos

Diante dos benefícios do uso de veículos elétricos, alguns setores do mercado brasileiro já apoiam o seu uso massivo. Seguindo essa tendência, no Rio de Janeiro, a Assembleia Legislativa (Alerj) aprovou o Projeto de Lei 4.522/21, que incentiva o uso de carros elétricos no estado.

O documento prevê que órgãos do Estado migrem, de forma gradual, sua frota própria de veículos oficiais e de serviço, assim como os alugados, para propulsão elétrica. O projeto também estabelece que as seguintes metas e prazos sejam seguidos: 10% da frota de veículos estaduais a partir de 2025; 50% a partir de 2030; e 100% até 2035.

Caso a medida apresentada seja seguida, a frota pública do Rio alcançará a eletrificação total num prazo de 13 anos, o que também inclui toda a frota do sistema de transporte coletivo intermunicipal.

Além disso, o governo do Rio também poderá criar linhas de crédito prioritárias para o incentivo à produção de veículos eletrificados, e está autorizado a conceder benefícios fiscais para fomentar a montagem e venda desses modelos em território estadual, observada a legislação federal e estadual vigentes.

O Poder Executivo pode, ainda, estabelecer parcerias com parques tecnológicos, institutos de pesquisa, empresas, universidades e demais instituições, com o objetivo de estimular a implantação de veículos de uso compartilhado e a reciclagem de baterias.

Startup brasileira anuncia carro elétrico por menos de R$100 mil

Para aproveitar o potencial do Brasil em se tornar um dos principais mercados da mobilidade elétrica, a startup brasileira Mileto anuncia uma linha de motos e veículos elétricos com preços mais acessíveis.

O comunicado divulgado pela startup relata que foram necessários dois anos de pesquisas e análise mercadológica, para escolher o portfólio de veículos elétricos que será oferecido no território brasileiro. Os modelos divulgados incluem motos elétricas a partir de R$ 17 mil, uma mini picape elétrica a partir de R$ 98 mil e carros elétricos com preço inicial de R$ 100.000.

A empresa também tem planos de atender o mercado corporativo, a partir de uma linha de montagem em Porto Real (RJ). O objetivo é amparar um mercado que demanda frotas mais econômicas e sustentáveis, alinhando-se às práticas de governança ambiental (ESG).

 

Além dos veículos elétricos que serão oferecidos pela Mileto, o seu modelo de vendas promete ser disruptivo, com a possibilidade de personalização do veículo pelos consumidores, peças recicláveis e baixo custo de manutenção.

 

A proposta é que, no momento que o cliente trocar o veículo, ao invés de adquirir um novo, ele tem a possibilidade de fazer uma espécie de “facelift”, processo que atualiza layout e equipamentos, a um custo menor e a tranquilidade de saber que as peças antigas serão recicladas.

 

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